O relógio marca quase as 7 horas, mas as horas desta viagem parece que nunca mais acabam. Não sei quem foi o génio que se lembrou que só havia de existir um curso de Astronomia em Portugal, e logo a 3 horas de distância da minha casa… Provavelmente a Teresa Lago. E estas são mais 3 horas de viagem perdidas no nada, os livros já foram lidos, as séries do portátil estão todas vistas e só a música me vai fazendo companhia. Então meto o meu pseudo-jazz a tocar enquanto vejo montes e montanhas e planícies e planaltos e rios e mar a passar, a correr pela janela do comboio. Faltam 5 horas. E as próximas 2 vão ser passadas aqui.
O que me lembra o ano passado? Nem sei. O meu mundo já deu algumas voltas de 180º graus depois disso – e não, não voltou ao mesmo ponto. Domingo, 12 de Outubro de 2008, festa em casa, almoço de um belo leitão com aquele molho que eu tanto gosto e um bolo da Hello Kitty porque não havia desenho mais parvo para lá fazer… E este ano, 12 de Outubro de 2009, passado no Porto, depois de um dia de aulas em que ainda nem sei bem o que vou fazer. Não é antecipação… já passei essa fase. É mais um novo olhar nostálgico sobre tudo o que se passou, sobre o ano passado, sobre os 18 anos passados. E já vou para o décimo nono, o último de “teenager”… depois disso, e nas palavras do Jamie Cullum, sou uma “twenty-something”… e depois? Não sei. Estas frases juntas e coladas aqui têm demasiadas incertezas e demasiados sei la o quês. E tudo o que eu queria era matar algum tempo de viagem…
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