Se há 1 mês me perguntassem se eu achava que ía estar onde estou neste momento eu diria que nem em 100 anos.
Convencermo-nos de que aquele amor que queremos é um e só um até pode parecer correcto, até podemos ter razão. Mas quando não há mais nada a fazer também há que saber compreendê-lo.
Foquei o meu entusiasmo noutra pessoa, numa relação antiga que podia até dar certo. Quando as minhas tentativas de retomar contacto foram recebidas de sorriso na cara e respostas à velocidade da luz, atirei-me de cabeça para "outra" porque achei que tinha de o fazer, que tinha de lutar pelo meu futuro e pelo do meu coração.
Mas as coisas nunca são assim tão lineares, nunca acontecem como nós planeamos e no meio dos azares e dos exames foram aparecendo outras coisas tão ou mais importantes que os cafés e as idas a Gaia ficaram adiadas.
No entanto, a janela ficou aberta para uma próxima, para quando esse tempo existir.
Mas há uma qualquer força superior nas nossas vidas que permanece silenciosa e sossegada quando mais precisamos dela e que decide interferir nas alturas em que achamos que tomámos de novo as rédeas à vida. E, sem dar por isso, esse "destino" atira-nos pessoas para o meio do caminho, sem avisar nem pedir licença.
Afinal, o esforço para encontrar algo perdido nos confins dos baús das amizades, o esforço para retomar o interesse no amor e na vida foi em vão, quando as coisas vêm simplesmente ter connosco. Eu tentei apanhar as rédeas mas aparentemente esperei demais...
E assim, em 2,3 meses, vim do zero absoluto dos -273ºC do meu coração para uma temperatura amena e dividida de quem já não sabe bem quem lhe aquece o coração nem o que querer...
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