segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Intercidades

Como estudante deslocada, sou utilizadora frequente desse meio de transporte que é o comboio, principalmente na forma de intercidades, se bem que de longe a longe me apanhem a fazer uma viagem de alfa pendular.
Os Intercidades são cómodos, são práticos, são rápidos o suficiente e não tão caros como os alfas. Até aqui parecem uma óptima escolha, não fosse o facto das pessoas que neles viajam muitas vezes não possuírem a inteligência necessária para ler um bilhete. Vocês não imaginam a quantidade de vezes que, em viagens, já fui importunada por pessoas que não conseguem perceber que a carruagem 23 e a 22 têm a mesma numeração de lugares e que não minha senhora não estou sentada no seu lugar, você enganou-se foi na carruagem. E não senhor, os lugares 16 e 116 são coisas diferentes.
Eu compreendo que errar é humano. Nos meus anos de viagens de Intercidades também já me enganei uma vez no lugar. É normal um erro ou outro de vez em quando, certo? Certo. Se fosse apenas de vez em quando seria compreensível, mas os meus conhecimentos de estatística (que não são muitos mas neste caso acho que são suficientes) levam-me a pensar que, num comboio com, por exemplo, 5 carruagens de 2ª classe (o que perfaz um total de cerca de 400 lugares), talvez umas 20,30 pessoas se enganem nos lugares. Agora pensem na probabilidade de, entre as outras 380, 370 pessoas que não se enganaram no lugar ser a mim que me vêm chatear. Não é exagero – afirmo sem pensar duas vezes que em cerca de um terço a um quarto das viagens que fiz já tive alguém a perguntar-me porque é que estava sentada no lugar deles. Por outro lado, nas minhas viagens de Alfa isso nunca aconteceu.
Um conselho final a essas pessoas que viajam de comboio: não sejam mal educadas com as pessoas que estão sentadas nos “vossos” lugares – especialmente se a seguir forem fazer figura de parvas porque leram mal o bilhete. Obrigado.

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