"Acredito que todos temos direito a ter sorte e que, quando alguém aparece na nossa vida de repente, ou é porque nos vai fazer bem ou é porque nos pode fazer mal. E eu vi-te com bons olhos desde o primeiro momento, achei que me ias ajudar a limpar a tristeza, que a tua presença quase imperceptível na minha vida seria como um bálsamo, uma música perfeita e harmoniosa, um dia ao sol ou uma noite em branco, daquelas que nos fazem pensar que a vida está cheia de surpresas boas e que vale mesmo a pena estar vivo só para as saborear.
Tu foste e ainda és tudo isto (...)."
~ Seis e Seis, in Vou contar-te um segredo, Margarida Rebelo Pinto
quinta-feira, 11 de março de 2010
Citações V
"Pega no telefone e liga-lhe, não tens nada a perder. Diz-lhe que tens saudades dele, que ninguém te faz tão feliz, que os teus dias são secos, frios e áridos, como um deserto imenso, sem oásis nem miragens, sempre que não estão juntos. Pega no telefone e liga-lhe. Se ele não atender, deixa-lhe uma mensagem. Ou então escreve-lhe um sms a dizer que queres estar com ele. Não te alongues nem elabores, os homens nunca percebem o que queres deixar cair nas entrelinhas. Tens de ser clara, directa e incisiva. E não podes ter medo, porque o medo é o maior inimigo do amor. Cada vez que deixares o medo entrar-te nas tuas veias, ele vai gelar-te o sangue e paralisar-te os nervos, ficas transformada numa estátua de sal e morres por dentro.
(...) Depois, tudo mudou. Mas demorou tempo, foi gradual. Não foi um amor à primeira vista, foi um amor plantado e criado como uma árvore. Ele era o meu melhor amigo e estava sempre lá. Almoçávamos todos os meses, depois todas as semanas, depois, quase todos os dias. A pouco e pouco, sempre com muito cuidado, ele foi entrando na minha vida (...).
A vida é uma incógnita, hoje estás aqui, amanhã podes ficar doente,ou cair-te um piano em cima quando fores a andar na rua. Ainda há pessoas que atiram pianos pela janela, sabias? Nunca se sabe como será o dia de amanhã, por isso não percas tempo e pega no telefone e liga-lhe. Tenho a certeza que ele te vai ouvir, tenho a certeza que ele te vai ajudar, tenho a certeza que ele, à sua maneira - e é tão estranha a forma como os homens gostam de nós - ainda gosta de ti. Mesmo que já não te ame, ainda gosta de ti, como tu vais aprender a gostar dele, quando a vida te obrigar a desistir deste amor.
Ele está longe, mas olha para ti por entre memórias, presentes e flores. À noite, entre sonhos alterados pelo álcool e as drogas leves, tu apareces-lhe na cama e ele volta a sentir o cheiro da tua pele e volta a amar-te com todas as suas forças. Ainda que não acredites, tu viverás para sempre nele, tal como ele vive em ti, na memória das tua células, num passado que pode ser o teu escudo, mesmo que não seja o teu futuro.
Pega no telefone e liga-lhe. Fala com ele de coração aberto, diz-lhe o que queres ver, chora se for preciso, pede-lhe que te diga se sim ou se não. Se for preciso, por mais que te custe, pede-lhe para escrever a palavra NÃO. Pede-lhe uma resposta para o teu coração. Mais vale saberes que acabou tudo do que viveres com as laranjas todas no ar, qual malabarista exausto, sem saberes nem como nem quando elas vão cair. Mais vale chorar a tristeza de um amor perdido do que sonhar com um oásis que se transformou numa miragem.
Pega no telefone e liga-lhe. Liga as vezes que forem precisas até conseguires uma resposta, a paz de uma certeza, mesmo que essa certeza não seja a que desejavas ouvir. Mas não fiques quieta, à espera que a vida te traga respostas. A vida é tua, tens de ser tu a vivê-la, não podes deixar que ela passe por ti, tu é que passas por ela. E quando todas as laranjas caírem, apanha-as com cuidado, guarda-as num cesto e muda de profissão.
(...)
E nunca deixes de sonhar que, um dia, vais encontrar alguém mais próximo e mais generoso, que te ensine a ser feliz, mesmo com todas as pedras que encontrarem no caminho."
~ Laranjas no ar, in Vou contar-te um segredo, Margarida Rebelo Pinto
este entrou na minha vida na altura em que eu mais precisava, pela mão da J que tinha sempre o condão de acertar nas palavras que me faziam chorar, embora a companhia dela e da A tenha sido o meu aconchego para as lágrimas que tanto teimavam em cair naqueles 2 meses... obrigado :)
(...) Depois, tudo mudou. Mas demorou tempo, foi gradual. Não foi um amor à primeira vista, foi um amor plantado e criado como uma árvore. Ele era o meu melhor amigo e estava sempre lá. Almoçávamos todos os meses, depois todas as semanas, depois, quase todos os dias. A pouco e pouco, sempre com muito cuidado, ele foi entrando na minha vida (...).
A vida é uma incógnita, hoje estás aqui, amanhã podes ficar doente,ou cair-te um piano em cima quando fores a andar na rua. Ainda há pessoas que atiram pianos pela janela, sabias? Nunca se sabe como será o dia de amanhã, por isso não percas tempo e pega no telefone e liga-lhe. Tenho a certeza que ele te vai ouvir, tenho a certeza que ele te vai ajudar, tenho a certeza que ele, à sua maneira - e é tão estranha a forma como os homens gostam de nós - ainda gosta de ti. Mesmo que já não te ame, ainda gosta de ti, como tu vais aprender a gostar dele, quando a vida te obrigar a desistir deste amor.
Ele está longe, mas olha para ti por entre memórias, presentes e flores. À noite, entre sonhos alterados pelo álcool e as drogas leves, tu apareces-lhe na cama e ele volta a sentir o cheiro da tua pele e volta a amar-te com todas as suas forças. Ainda que não acredites, tu viverás para sempre nele, tal como ele vive em ti, na memória das tua células, num passado que pode ser o teu escudo, mesmo que não seja o teu futuro.
Pega no telefone e liga-lhe. Fala com ele de coração aberto, diz-lhe o que queres ver, chora se for preciso, pede-lhe que te diga se sim ou se não. Se for preciso, por mais que te custe, pede-lhe para escrever a palavra NÃO. Pede-lhe uma resposta para o teu coração. Mais vale saberes que acabou tudo do que viveres com as laranjas todas no ar, qual malabarista exausto, sem saberes nem como nem quando elas vão cair. Mais vale chorar a tristeza de um amor perdido do que sonhar com um oásis que se transformou numa miragem.
Pega no telefone e liga-lhe. Liga as vezes que forem precisas até conseguires uma resposta, a paz de uma certeza, mesmo que essa certeza não seja a que desejavas ouvir. Mas não fiques quieta, à espera que a vida te traga respostas. A vida é tua, tens de ser tu a vivê-la, não podes deixar que ela passe por ti, tu é que passas por ela. E quando todas as laranjas caírem, apanha-as com cuidado, guarda-as num cesto e muda de profissão.
(...)
E nunca deixes de sonhar que, um dia, vais encontrar alguém mais próximo e mais generoso, que te ensine a ser feliz, mesmo com todas as pedras que encontrarem no caminho."
~ Laranjas no ar, in Vou contar-te um segredo, Margarida Rebelo Pinto
este entrou na minha vida na altura em que eu mais precisava, pela mão da J que tinha sempre o condão de acertar nas palavras que me faziam chorar, embora a companhia dela e da A tenha sido o meu aconchego para as lágrimas que tanto teimavam em cair naqueles 2 meses... obrigado :)
Citações IV
"Quando nos encontramos é sempre isto: mergulhamos num mundo aparte, as pessoas à volta riem-se das nossas conversas secretas e do nosso alheamento, e nós, entre a sorte e a fatalidade, encolhemos os ombros. Sabemos que sempre foi assim e não conseguiremos ser de outra forma. Nesse mundo só nosso, um planeta longínquo e secreto sem sobreviventes, há flores e jardins, muitos livros e uma paz única, incansável em qualquer outro país. (...)
O que mais dói quando se ama alguém é imaginar tudo o que não conseguimos realizar juntos. O que vivemos é um tesouro que nunca se apaga da memória, mas é o que não construímos que nos entristece e mata. Como vives ensombrado de dúvidas e tens muito jeito para inventar desculpas inteligentes, costumas dizer que não nos conhecemos no momento certo e que tudo seria diferente se nos tivéssemos cruzado mais cedo. Mas ambos sabemos que não é assim. (...) Ambos sabemos que tens medo de mim e medo de ser feliz. E ambos sabemos que, à tua maneira, me sabes amar, apesar de todas as desculpas inteligentes, de todos os medos, de todas as dúvidas.
Não tens saudades de ser livre e seguir o teu coração?(...)
Eu tenho saudades de tudo o que não vivi contigo. Das viagens em busca de um lugar perfeito parecido com o nosso planeta (...)."
~ Bonecas e Sonhos, in Vou contar-te um segredo, Margarida Rebelo Pinto
para ti, que percebeste tão bem quando te pedi que lesses este texto :)
O que mais dói quando se ama alguém é imaginar tudo o que não conseguimos realizar juntos. O que vivemos é um tesouro que nunca se apaga da memória, mas é o que não construímos que nos entristece e mata. Como vives ensombrado de dúvidas e tens muito jeito para inventar desculpas inteligentes, costumas dizer que não nos conhecemos no momento certo e que tudo seria diferente se nos tivéssemos cruzado mais cedo. Mas ambos sabemos que não é assim. (...) Ambos sabemos que tens medo de mim e medo de ser feliz. E ambos sabemos que, à tua maneira, me sabes amar, apesar de todas as desculpas inteligentes, de todos os medos, de todas as dúvidas.
Não tens saudades de ser livre e seguir o teu coração?(...)
Eu tenho saudades de tudo o que não vivi contigo. Das viagens em busca de um lugar perfeito parecido com o nosso planeta (...)."
~ Bonecas e Sonhos, in Vou contar-te um segredo, Margarida Rebelo Pinto
para ti, que percebeste tão bem quando te pedi que lesses este texto :)
Citações III
"Hoje, todas as manhãs, ao espelho, perguntas à tua imagem quem és tu, afinal. Vives numa cidade pequena demais para os teus sonhos que se dissolvem no vapor do duche, da mesma forma que já perdeste uma ou duas mulheres que não soubeste ou não quiseste amar da forma certa. As pessoas continuam coladas à tua vida como se tivessem sido separadas à nascença e um fio invisível as voltasse a unir para sempre. E perguntas à tua imagem, onde vês um homem mais baixo, menos belo e menos inteligente do que na realidade és, se "essa mulher" já passou por teus olhos distraídos ou se a Divina Providência ainda ta pode trazer, vestida de Primavera, de cabelos compridos e um sorriso tão sem idade como o teu."
~ Ao Espelho, in Vou contar-te um segredo, Margarida Rebelo Pinto
~ Ao Espelho, in Vou contar-te um segredo, Margarida Rebelo Pinto
domingo, 7 de março de 2010
Autocarros
É... é disso que tenho saudades... contar autocarros. Saber de cor quantos 902 passam antes do 903 e quantas vezes é que um deles vem "ensanduichado" no meio dos outros dois...
Não tenho saudades desses tempos, não tenho saudades do :medo: (se calhar um bocadinho) de te encostar à parede... Mas tenho saudades de saber de cor quantos autocarros passavam entre as 4 e as 7 da tarde e do "por do sol" no pingo doce... é... é disso que tenho saudades.
Não tenho saudades desses tempos, não tenho saudades do :medo: (se calhar um bocadinho) de te encostar à parede... Mas tenho saudades de saber de cor quantos autocarros passavam entre as 4 e as 7 da tarde e do "por do sol" no pingo doce... é... é disso que tenho saudades.
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010
Complexos do dia-a-dia #5
A moda é uma coisa sem a qual não podemos viver, por muito que a odiemos. Aprendi isso n' "O Diabo veste Prada". Sim, eu aprendo coisas em filmes.
Por muito que eu não queira ligar a modas, sinto-me condicionada estação após estação na compra das minhas roupas, que só são criadas nas cores "in" nessa altura, ou nos modelos, como quando decidiram deixar de fazer calças à boca de sino e passar a fazer só calças justas... No entanto, vou vivendo a minha vida, sem pensar muito em modas... A não ser no que é realmente importante nelas.
Deixem-me explicar-me melhor:
Se existem calças slim, à boca de sino, com corte direito, large and so on, é porque cada mulher prefere um género e a cada tipo de corpo fica melhor um determinado tipo de calças. Da mesma forma, mulheres "gordinhas" como eu devem optar por gangas mais escuras para não chamar tanta atenção para as pernas e nada de manchados que criam efeitos e curvas estranhas onde elas não existem. Da mesma forma, as camisolas e vestidos também são assim criados: as pessoas magrinhas conseguem safar-se com uma camisola larga, as pessoas mais gordas devem evita-las se não querem parecer ainda mais gordas; quem diz camisolas largas diz tantas outras coisas, camisolas com decote em barco para diminuir o peito e camisolas com decote em V ou qualquer tipo de enfeite na zona do peito para o aumentar, cintadas (já não temos 12 anos!), em cores que não nos façam parecer o novo sinal de néon da discoteca ali em frente.
Já tive as minhas "tendências" - foram os lenços no cabelo no 6º ano, o cachecol que não me largava a cintura no 8º, o preto excessivo com mini-saias e... bem, saias no 9º, as t-shirts de bandas de metal no 10º... Hoje em dia só quero não chamar muitas atenções, sentir-me bem, vestir cores que gosto e esconder aqueles pedaços de gordura a mais em determinados sítios. No Domingo comprei o meu primeiro par de calças rasgadas (já que eu acabo por rasgá-las sempre na mesma) mas só o fiz porque gostei do modelo, não por moda ou... estupidez.
Dito isto, não consigo perceber o que leva jovens mulheres que supostamente estão na casa dos 20 a vestirem coisas horrendas, especialmente em ocasiões que lhes deviam ser importantes, como um aniversário ou uma festa. Sejam honestos comigo: se eu, no "alto" do meu 1.60 e na "fineza" dos meus 70 e tal quilos aparecesse de calças brancas justas e de camisola larga azul néon, vocês rasgavam-me a roupa ou vomitavam primeiro? Eu estou indecisa entre as duas. E como online não posso fazer muito, faço um post a expressar a indignação. Na realidade isto era sobre o estado da praxe em Astronomia.
Por muito que eu não queira ligar a modas, sinto-me condicionada estação após estação na compra das minhas roupas, que só são criadas nas cores "in" nessa altura, ou nos modelos, como quando decidiram deixar de fazer calças à boca de sino e passar a fazer só calças justas... No entanto, vou vivendo a minha vida, sem pensar muito em modas... A não ser no que é realmente importante nelas.
Deixem-me explicar-me melhor:
Se existem calças slim, à boca de sino, com corte direito, large and so on, é porque cada mulher prefere um género e a cada tipo de corpo fica melhor um determinado tipo de calças. Da mesma forma, mulheres "gordinhas" como eu devem optar por gangas mais escuras para não chamar tanta atenção para as pernas e nada de manchados que criam efeitos e curvas estranhas onde elas não existem. Da mesma forma, as camisolas e vestidos também são assim criados: as pessoas magrinhas conseguem safar-se com uma camisola larga, as pessoas mais gordas devem evita-las se não querem parecer ainda mais gordas; quem diz camisolas largas diz tantas outras coisas, camisolas com decote em barco para diminuir o peito e camisolas com decote em V ou qualquer tipo de enfeite na zona do peito para o aumentar, cintadas (já não temos 12 anos!), em cores que não nos façam parecer o novo sinal de néon da discoteca ali em frente.
Já tive as minhas "tendências" - foram os lenços no cabelo no 6º ano, o cachecol que não me largava a cintura no 8º, o preto excessivo com mini-saias e... bem, saias no 9º, as t-shirts de bandas de metal no 10º... Hoje em dia só quero não chamar muitas atenções, sentir-me bem, vestir cores que gosto e esconder aqueles pedaços de gordura a mais em determinados sítios. No Domingo comprei o meu primeiro par de calças rasgadas (já que eu acabo por rasgá-las sempre na mesma) mas só o fiz porque gostei do modelo, não por moda ou... estupidez.
Dito isto, não consigo perceber o que leva jovens mulheres que supostamente estão na casa dos 20 a vestirem coisas horrendas, especialmente em ocasiões que lhes deviam ser importantes, como um aniversário ou uma festa. Sejam honestos comigo: se eu, no "alto" do meu 1.60 e na "fineza" dos meus 70 e tal quilos aparecesse de calças brancas justas e de camisola larga azul néon, vocês rasgavam-me a roupa ou vomitavam primeiro? Eu estou indecisa entre as duas. E como online não posso fazer muito, faço um post a expressar a indignação. Na realidade isto era sobre o estado da praxe em Astronomia.
domingo, 7 de fevereiro de 2010
Citações II
"Uma das minhas comédias românticas preferidas é Esta Loira Mata-me, que conta a história de um homem que se casou e divorciou três vezes da mesa mulher, para voltar a cair de novo nos seus braços, como se lhe fosse impossivel escapar a tal destino.
(...)
O facto de os actores se terem apaixonado durante as filmagens (...) dá às cenas amorosas um sabor a verdade raro e especial.
(...)
Há casais que se amam profundamente, há casais que são literalmente doidos um pelo outro e há casais que reúnem as duas coisas e há casais que reúnem as duas coisas e conseguem o pleno.
(...)
Conheço poucos casais assim, mas distinguem-se à légua: saem sempre juntos, comunicam em código um com o outro, riem-se mais do que é habitual e conseguem sentir que estão sempre sozinhos, ainda que sentados na bancada de um estádio em noite de final de taça. (...) São casais que conseguem manter a chama da paixão depois de meses e anos de convivência. Não raro, apoiam-se profissionalmente um ao outro (...) Podemos ter a sensação de que vão um dia sufocar ao respirarem o mesmo ar, mas geralmente não é isso que acontece: parecem alimentar-se desse ar muito particular que fabricam.
E quando a bolha rebenta? Salve-se quem puder, porque eles próprios não conhecem salvação. Valerá a pena viver assim? Talvez valha pelo menos tentar, isto para os pouco sortudos que já tiveram tão rara oportunidade. Afinal, não é todos os dias na vida que se consegue atingir o pleno."
~ O Pleno, in Onde Reside o Amor, Margarida Rebelo Pinto
(...)
O facto de os actores se terem apaixonado durante as filmagens (...) dá às cenas amorosas um sabor a verdade raro e especial.
(...)
Há casais que se amam profundamente, há casais que são literalmente doidos um pelo outro e há casais que reúnem as duas coisas e há casais que reúnem as duas coisas e conseguem o pleno.
(...)
Conheço poucos casais assim, mas distinguem-se à légua: saem sempre juntos, comunicam em código um com o outro, riem-se mais do que é habitual e conseguem sentir que estão sempre sozinhos, ainda que sentados na bancada de um estádio em noite de final de taça. (...) São casais que conseguem manter a chama da paixão depois de meses e anos de convivência. Não raro, apoiam-se profissionalmente um ao outro (...) Podemos ter a sensação de que vão um dia sufocar ao respirarem o mesmo ar, mas geralmente não é isso que acontece: parecem alimentar-se desse ar muito particular que fabricam.
E quando a bolha rebenta? Salve-se quem puder, porque eles próprios não conhecem salvação. Valerá a pena viver assim? Talvez valha pelo menos tentar, isto para os pouco sortudos que já tiveram tão rara oportunidade. Afinal, não é todos os dias na vida que se consegue atingir o pleno."
~ O Pleno, in Onde Reside o Amor, Margarida Rebelo Pinto
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