quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Cadernos de Lanzarote

Contar os dias pelos dedos e encontrar a mão cheia

Foi assim que tudo começou. Primeiro os dias passavam lentamente, arrastando as suas infinitas horas em meses! Anos na minha cabeça! Depois, comecei a contá-los pelos dedos. Nessa altura contava tudo: contava os dias que faltavam para estar com ele, contava os dias que faltavam para as férias, contava os dias que passavam desde a última saída… perdi-me no meio de tantas contas e de tantos dedos. Agora já não sei se foram cinco dias que pareceram cinco anos ou cinco anos que pareceram cinco dias… mas, chegado o final, as minhas mãos estavam cheias de contas e cheias de histórias para contar. Procuram agora alguém para as ouvir.

(troca de ideias conjunta com o André... porque gostei da frase :p)


terça-feira, 25 de setembro de 2007

som

nos ouvidos cansados do burburinho constante da cidade atarefada sussurra a melodia clara e calma que faz bater o meu coração à velocidade do teu.
(sinto saudades do teu gosto a sal, quando perdíamos horas a murmurar palavras que se perdiam no espaço ocupado por dois corpos que se tornaram um só)

terça-feira, 11 de setembro de 2007

cinco minutos

só mais cinco minutos, murmurava ele, abraçado à sua companheira de todas as noites, a fiel almofada, não querendo sair do mundo dos sonhos para a vida lá fora, só mais cinco minutos...

só mais cinco minutos, murmura ela, no calor dos braços dele, o seu companheiro de todas as noites, com quem (encostando a cabeça ao seu peito e sentindo cada inspirar, cada bater do coração) entra num sonho tornado real... só mais cinco minutos...

five minutes of love, five minutes of hate, five minutes i tried to call your name
five minutes of passion, five minutes of everything...


e, abraçados, pedem mais cinco minutos no sonho das suas vidas.
(aqueles cinco minutos foram o mundo..)

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

ET

eu não compreendo as pessoas, por vezes acho que sou um ser verde de outro qualquer planeta estranho. eu não pertenço a este mundo não fui feita para viver entre quem não tem coragem para arriscar. será que existe o planeta do amor? o planeta da loucura? não tenho a certeza de qual deles embarquei na minha nave espacial mas infelizmente não viemos do mesmo lugar. "as mulheres são de vénus, os homens são de marte" e eu vim de fora do sistema solar, não há lugar aqui.
ou pelo menos continuo à procura.

"Lay your head down child I won't let the boogeyman come
Counting bodies like sheep to the rhythm of the war drums"

domingo, 26 de agosto de 2007

sonhar

o sonho ainda não acabou embora a terra me puxe pelos pés e diga que é hora de acordar. dá-me só mais uns minutos no calor da cama, no calor do teu abraço, não quero mais sair daqui.



não tenho condições pra existir, vou entrar em hibernação e deixar à entrada um sinal... Fechado Para Obras.

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Hoje

hoje foi o dia em que peguei no passado e o meti pra trás das costas. dói.
não sei se vou em busca do que é melhor ou se me estou a libertar do que me deixa feliz num desejo incompreendido de me magoar. sei que se hoje em diante tudo vai ser diferente.
guardei as lágrimas no bolso, para uma despedida destas elas não eram necessárias... talvez volte um dia. mas tudo vai mudar.