sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Monday Afternoon Blues

I'm taking no calls unless it's her voice, I'm seeing no one unless it's her... I open the mailbox every hour, maybe I'll hit the postman.
I want to hear some love words, but not in that dyslexic voice.

No I won't tear apart for you but I wasn't given no........... choice.


Bend & Break. É a história das nossas vidas. Andamos aqui a contorcer-nos e a tentar dobrar e aceitar, ser o mais flexível possível, mesmo que nem consigamos tocar as mãos atrás das costas. Buscamos flexibilidade e tentamos aceitar o que os outros pedem de nós, andamos às voltas até que um dia acabamos por partir.
Uns são como árvores de grande porte, dificilmente dobram, apenas partem. Outros, como tu e eu, são pequenos arbustos, resistentes ao vento, às tempestades.... que vão dobrando e dobrando. Se calhar o nosso mal é não sabermos quando é a altura de partir

P.S. - Está frio. Essa chamada dura para sempre. Vou roubar o teu casaco.

(Foi assim que saí da faculdade bem vestida na segunda-feira)

Porto

"Dias de Sol enquanto o frio começa a querer inundar a cidade, gente que resiste à chamada do Outono começado à quase 1 mês... Pintam-no de cinzento e frio, mas a minha segunda casa tenta resistir com unhas e dentes à chegada das intempéries.
Passeando pelas ruas, qualquer estrangeiro diria tratar-se de um simples dia de Verão ou Primavera, não fossem as folhas das árvores que insistiram em pintar o chão ou os vendedores de castanhas na Rua de Santa Catarina."

O meu pequeno mundo.
Como estes textos que escrevo e perco na minha cabeça por não ter caneta nem papel para escrever. Já nem sei porque andei pelo Bolhão nesse dia. Só me lembro do Sol, das meninas de mini-saia e dos meninos de t-shirt. E do (horrível!) cheiro a castanhas.

sábado, 23 de outubro de 2010

Norwegian Wood

Uma vez, aqui à coisa de 1,2 anos li o "Norwegian Wood" do Murakami ...

"Criou-se um irresistível poder que irá levar-me em direcção ao futuro. O que sinto pela Naoko é um amor tremendamente calmo, delicado e transparente, mas o que sinto pela Midori é uma emoção completamente diferente. É um sentimento com vida própria, vívido, pulsante, vigoroso e abala-me até à raiz do meu ser. Não sei o que fazer. Estou confuso. Não estou a tentar desculpar-me, mas acredito que tenho vivido do modo mais sincero que me é possível. Nunca menti a ninguém e durante todos estes anos tive o cuidado de nunca magoar as outras pessoas. E, no entanto, dou por mim perdido dentro de um labirinto. Não consigo explicar. Não sei o que fazer"

~~~ "Acho que encaras tudo com demasiada seriedade. Amar outra pessoa é uma coisa maravilhosa e, se esse amor é sincero, ninguém acaba perdido num labirinto. Deverias ter mais fé em ti mesmo."

P.S. - I have no beatles to hear but here goes nothing...
"I once had a girl, or should i say, she once had me..."

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

8/10/10

Acto 1 – Metallica e Gatinhos
Ontem antes de adormecer só conseguia ouvir na minha cabeça uma música de Metallica. Parece estranho, tendo em conta que não são propriamente a minha banda preferida, e aconteceu por razões que se prendem com consolas, mas este acto não é o How I Met Your Mother e por isso não preciso de contar a história toda... essa conto mais tarde. Por agora só interessa que às 5,6 da manhã andava eu a rebolar pela cama enquanto na minha cabeça rebolava em modo contínuo “with your crown king Nothing”.
O estranho é, passei as horas seguintes a sonhar com gatinhos, gatinhos que tinham bebés gatinhos e bebés gatinhos que tinham micro-mini gatinhos. Metallica dá-nos para isso, gatinhos.
Acto 2 – How I Met Your Mother ou a história do Chapéu-de-Chuva Cor-de-Laranja.
Eu já ando com demasiado HIMYM na cabeça, sinto-me uma espécie de Ted por vezes, à procura de algo tão difícil de encontrar. Mas hoje encontrei um chapéu de chuva cor de laranja... não é amarelo, mas será que serve?
Tudo começou pela manhã... que é como quem diz às 4 da tarde. Graças às aventuras do Sr. Metallica e dos seus mini gatos, o meu despertador não tocou. A relação directa? Não existe. Mas se o Márcio não me tivesse ligado provavelmente estava em casa a dormir e não no comboio para Lisboa.
Quinta-feira era dia de passar na farmacia... graças a outra série de eventos, isso não me foi possivel, por isso hoje era dia. Saí de casa debaixo de chuva torrencial, apanhei o autocarro para a faculdade e entre muitas voltas e muita chuva em cima da minha roupa consegui finalmente chegar à farmácia. Como aínda há almas simpáticas neste mundo a senhora que me atendeu decidiu presentear-me com um guarda-chuva laranja. Agora só me falta o namorado.
Acto 3 – As Palavras que (nunca) te direi.
Claramente que eu ter referencias a Nicholas Sparks em algo que escrevi revela o estado demente da minha cabeça.
Não gosto que me digam “não te vou dizer isto porque pode levar a estragar a nossa amizade”. Gosto de pensar que as amizades se baseiam em algo mais do que meras palavras e que os sentimentos são mais fundos do que qualquer história ou palavras e, às vezes, até inabaláveis por amores e outros que tais. Por isso há certas coisas que custam mais não ouvir do que ouvir.
Haja gente que compreenda a cabeça das mulheres...
Acto 4 – Lisboa
23:56
Acto 5 – Fire
“I say I wanna be alone... I say I don’t love you, but you know I’m a liar… ‘cause when we kiss… Fire… you had a hold on me right from the start, a grip so tight I couldn’t tear it apart. My nerves all jumping acting like a fool, your kisses they burn but my heart stays cool..”

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Citações XV

"De pé, junto à porta, agarrado ao bilhete para não o perder, via desfilar a paisagem pela janela. A nossa cidade, o espectáculo que as suas ruas ofereciam, não sei por que razão, mas deprime-me profundamente. Todos aqueles que aqui vivem caem na mesma melancolia opressiva que lhes tolhe o pensamento como uma espécie de gelatina mental. A fachada suja dos prédios, as multidões sem nome, o barulho incessante, os comboios apinhados onde as pessoas à hora de ponta parecem sardinhas em lata, o céu eternamente cinzento, os cartazes publicitários que enchem todos os centímetros de espaço disponível, as esperanças e a resignação, a fúria e a excitação. A cidade oferece uma panóplia de opções infinitas, de possibilidades a perder de vista. Uma infinidade e, ao mesmo tempo, coisa nenhuma. Esforçamo-nos por agarrar o que nos é oferecido para descobrir que, afinal, tudo se resume a uma mão-cheia de nada. É isso, a cidade."

~ Um barco lento para a China in O Elefante Desaparece, Haruki Murakami

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

longas noites....

em que não acontece nada, em que o mundo anda para trás. já não tenho jeito nem idade para estas coisas, estou farta de querer coisas que nunca vou ter, de sonhar com futuros demasiado longínquos...
pff...

e já só faltam 6 dias e o mundo continua sem fazer sentido :/