quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Complexos do dia-a-dia #5

A moda é uma coisa sem a qual não podemos viver, por muito que a odiemos. Aprendi isso n' "O Diabo veste Prada". Sim, eu aprendo coisas em filmes.
Por muito que eu não queira ligar a modas, sinto-me condicionada estação após estação na compra das minhas roupas, que só são criadas nas cores "in" nessa altura, ou nos modelos, como quando decidiram deixar de fazer calças à boca de sino e passar a fazer só calças justas... No entanto, vou vivendo a minha vida, sem pensar muito em modas... A não ser no que é realmente importante nelas.
Deixem-me explicar-me melhor:
Se existem calças slim, à boca de sino, com corte direito, large and so on, é porque cada mulher prefere um género e a cada tipo de corpo fica melhor um determinado tipo de calças. Da mesma forma, mulheres "gordinhas" como eu devem optar por gangas mais escuras para não chamar tanta atenção para as pernas e nada de manchados que criam efeitos e curvas estranhas onde elas não existem. Da mesma forma, as camisolas e vestidos também são assim criados: as pessoas magrinhas conseguem safar-se com uma camisola larga, as pessoas mais gordas devem evita-las se não querem parecer ainda mais gordas; quem diz camisolas largas diz tantas outras coisas, camisolas com decote em barco para diminuir o peito e camisolas com decote em V ou qualquer tipo de enfeite na zona do peito para o aumentar, cintadas (já não temos 12 anos!), em cores que não nos façam parecer o novo sinal de néon da discoteca ali em frente.
Já tive as minhas "tendências" - foram os lenços no cabelo no 6º ano, o cachecol que não me largava a cintura no 8º, o preto excessivo com mini-saias e... bem, saias no 9º, as t-shirts de bandas de metal no 10º... Hoje em dia só quero não chamar muitas atenções, sentir-me bem, vestir cores que gosto e esconder aqueles pedaços de gordura a mais em determinados sítios. No Domingo comprei o meu primeiro par de calças rasgadas (já que eu acabo por rasgá-las sempre na mesma) mas só o fiz porque gostei do modelo, não por moda ou... estupidez.
Dito isto, não consigo perceber o que leva jovens mulheres que supostamente estão na casa dos 20 a vestirem coisas horrendas, especialmente em ocasiões que lhes deviam ser importantes, como um aniversário ou uma festa. Sejam honestos comigo: se eu, no "alto" do meu 1.60 e na "fineza" dos meus 70 e tal quilos aparecesse de calças brancas justas e de camisola larga azul néon, vocês rasgavam-me a roupa ou vomitavam primeiro? Eu estou indecisa entre as duas. E como online não posso fazer muito, faço um post a expressar a indignação. Na realidade isto era sobre o estado da praxe em Astronomia.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Citações II

"Uma das minhas comédias românticas preferidas é Esta Loira Mata-me, que conta a história de um homem que se casou e divorciou três vezes da mesa mulher, para voltar a cair de novo nos seus braços, como se lhe fosse impossivel escapar a tal destino.
(...)
O facto de os actores se terem apaixonado durante as filmagens (...) dá às cenas amorosas um sabor a verdade raro e especial.
(...)
Há casais que se amam profundamente, há casais que são literalmente doidos um pelo outro e há casais que reúnem as duas coisas e há casais que reúnem as duas coisas e conseguem o pleno.
(...)
Conheço poucos casais assim, mas distinguem-se à légua: saem sempre juntos, comunicam em código um com o outro, riem-se mais do que é habitual e conseguem sentir que estão sempre sozinhos, ainda que sentados na bancada de um estádio em noite de final de taça. (...) São casais que conseguem manter a chama da paixão depois de meses e anos de convivência. Não raro, apoiam-se profissionalmente um ao outro (...) Podemos ter a sensação de que vão um dia sufocar ao respirarem o mesmo ar, mas geralmente não é isso que acontece: parecem alimentar-se desse ar muito particular que fabricam.
E quando a bolha rebenta? Salve-se quem puder, porque eles próprios não conhecem salvação. Valerá a pena viver assim? Talvez valha pelo menos tentar, isto para os pouco sortudos que já tiveram tão rara oportunidade. Afinal, não é todos os dias na vida que se consegue atingir o pleno."
~ O Pleno, in Onde Reside o Amor, Margarida Rebelo Pinto

Citações I

"(...) No amor não há dúvidas quanto à natureza de amor. Podem existir outras, do estilo "gosto dela, mas não gramo a família dela nem com molho de tomate" ou " ele é adoravel mas vou ter de lhe comprar boxers novos porque odeio aqueles slips que ele usa", mas não pomos em causa o amor que sentimos.
Citando Fernando Alvim numa das suas crónicas, quando se gosta de alguém temos sempre rede, nunca falha a bateria, nunca nada nos impede de nos vermos e nem de nos encontrarmos no meio de uma multidão. Quando se gosta de alguém, ouvimos sempre o telefone, a campainha da porta, lemos sempre a mensagem que nos deixaram no vidro embaciado do carro desse Inverno rigoroso. Quando se gosta de alguém - e estou a escrever para os que gostam -, vamos para o local do acidente com a carta amigável, vamos ter com ela ao corredor do hospital ver como estão os pais, chamamos os bombeiros para abrirem a porta, mas nada nos impede de estar juntos, porque nada nem ninguém é mais importante que nós.
Um dos sinais inequívocos do amor é exactamente essa terceira entidade, o Nós, a consciência de que o Eu e o Outro formam algo que nos diferencia do resto do mundo. E o tempo que temos na nossa vida para Nós."
~ Gostar ou não eis a questão, in Onde Reside o Amor, Margarida Rebelo Pinto

Livros

Foram quase 2 ontem à noite. Que saudades das maratonas de leitura... há que agradecer à J. por me emprestar os livros (e por me distrair de estudar, mas isso acontecia mesmo sem ela) e pela epifania de deixar de estudar para Termo e começar a estudar para cadeiras que ainda posso fazer... tipo Análise. E se fizer Análise, já tenho créditos para manter a bolsa. O que deixa os meus pais felizes. Que fofinho :)

Bem, o que se segue é Spam puro e duro de citações das minhas leituras.